Treinador do Grêmio fala em experiência ao comentar mágoa do técnico do Vitória com o clube gaúcho

Vágner Mancini foi demitido pelo Grêmio em fevereiro sem ter perdido uma partida sequer. Agora no Vitória, ele pode atrapalhar o time gaúcho na luta pelo título nacional, já que gaúchos e baianos medem forças domingo, em Salvador. Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", Mancini foi político e disse que seu problema foi com Paulo Pelaipe, o diretor de futebol do Tricolor na época. Mas não conseguiu esconder a mágoa com a situação. Ele admitiu que o jogo tem "outros elementos" para ele. Celso Roth, ao comentar a situação, deu uma leve alfinetada no colega.
- É uma situação totalmente fora do contexto para quem já está há bastante tempo no futebol. Nunca fiz isso (ter motivação extra contra um time do qual foi demitido). Mas cada um tem seu posicionamento. Não tenho muito a comentar sobre essa situação. O importante é o Grêmio fazer um bom jogo - diz Roth.

Celso Roth foi o substituto de Mancini no Grêmio. Na época, jogadores se manifestaram contrários à saída do treinador. A torcida, em sua maioria, também não entendeu a decisão. A diretoria alegou que o técnico não havia montado um time com o estilo do Tricolor.


O empresário Paulo Affonso está reunido com a diretoria do Grêmio desde a manhã desta terça-feira para renovar o contrato do capitão Tcheco com o clube gaúcho. As tratativas vinham ocorrendo há algumas semanas e devem ser finalizadas até o fim do dia. A idéia é prorrogar o vínculo do camisa 10 em pelo menos mais um ano.

Tcheco chegou ao Grêmio em 2006. Foi bicampeão gaúcho, vice da Libertadores e figura fundamental nas boas campanhas nos dois últimos Brasileirões. Agora, é o capitão do time na luta pelo título nacional. Ele deixou o Olímpico no fim de 2007 para retornar ao Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Voltou a Porto Alegre seis meses depois.

Com um gol em cada tempo, Tricolor faz 2 a 1 em Porto Alegre


O Grêmio manteve aberta a disputa pelo título do Campeonato Brasileiro ao derrotar o Coritiba por 2 a 1, neste domingo, no Olímpico. Tcheco e Alê (contra) mantiveram o Tricolor gaúcho a dois pontos do São Paulo (68 a 66), que mais cedo superou o Figueirense por 3 a 1, no Morumbi.

Agora o time do técnico Celso Roth tem uma seqüência de dois jogos fora de casa, contra Vitória e Ipatinga, encerrando a participação no campeonato contra o Atlético-MG, no Olímpico. O Alviverde ainda tem pela frente Santos e Vasco em casa e Sport fora.

Pressão desde o primeiro minuto

Foi bem cedo que o goleiro Vanderlei percebeu que teria bastante trabalho no jogo. Principalmente naqueles 15 minutos iniciais, em que os time da casa costumam exercer pressão maior. Aos dois, Tcheco obrigou o camisa 1 a fazer a primeira defesa. No ataque seguinte do Tricolor foi a vez de William Magrão bater de fora da área. Nova intervenção do goleiro.

Com 12 minutos, mais uma chance do Grêmio. Desta vez, no entanto, Vanderlei não precisou se esforçar muito. O cruzamento da direita de Reinaldo encontrou Hélder quase na pequena área. O ala, livre, pegou fraco na bola, que foi direto para os braços do goleiro.

Passado o susto do começo, o Coritiba foi se achando aos poucos no jogo. Aos 22 minutos, Keirrison pegou de primeira de fora da área, no canto direito. Victor se esticou e colocou para escanteio. Cinco minutos depois, a melhor chance do Alviverde na primeira etapa. Hugo lançou Keirrison pela direita. O atacante entrou na área em boas condições, mas bateu torto, à esquerda de Victor.

Quando o visitante apresentava as melhores jogadas da partida, o Grêmio mais uma vez contou com a sorte, como aconteceu no jogo contra o Palmeiras, na última rodada. Sorte aliada à técnica de Tcheco. Ele recebeu na meia direita, avançou e chutou cruzado. A bola desviou na zaga e enganou Vanderlei. Tricolor 1 a 0 para delírio dos mais de 40 mil torcedores no Olímpico.

O gol deu tranqüilidade ao Grêmio, que voltou a comandar a partida. Os donos da casa tiveram mais uma chance antes do intervalo. Com 35, Reinaldo fez jogada individual pela direita e cruzou na medida para Marcel. A cabeçada do camisa 9 foi em cima de Vanderlei. Defesa em dois tempos.

Segundo tempo continua com pressão gremista


O Grêmio seguiu o seu bombardeio no segundo tempo. O início foi praticamente igual ao primeiro. De uma jogada ensaiada no minuto inicial quase deu o segundo gol ao time da casa. Tcheco lançou Reinaldo na área, pelo lado esquerdo. O atacante bateu rasteiro, mas Vanderlei fez a defesa. Aos dois, Reinaldo driblou Felipe, agora pela direita da área, e bateu forte. O camisa 1 do Coxa desviou para escanteio. Cinco minutos depois, Rafael Carioca roubou bola de Ricardinho, avançou até a entrada da área e chutou forte. Vanderlei espalmou para frente.

A partir daí o Tricolor passou a administrar o resultado, tocar a bola para fazer o tempo passar. E aos 31 conseguiu ampliar. Réver tocou de calcanhar para Heverton na esquerda. O zagueiro bateu cruzado, Alê tentou cortar e jogou para o fundo do gol, marcando contra.

A reação do Coritiba ficou mais difícil ainda quando o Marcos Tamandaré acertou cotovelada em Tcheco e foi expulso. Mesmo com um a menos, Ariel pegou sobra de Victor aos 46 minutos e descontou para o Coxa. Nada que mudasse o resultado.


A luta do Grêmio pelo título nacional ganha adeptos. A história do time montado com poucos recursos financeiros e cuja folha salarial, de R$ 900 mil, representa apenas 39% dos gastos do São Paulo – seu principal concorrente no Brasileirão –, ganha admiradores. Dorival Júnior, técnico do Coritiba, que enfrentará o Grêmio neste domingo, no Olímpico, é um deles.

Integrante da nova geração de treinadores brasileiros, o ex-volante do Grêmio entende que Celso Roth contribuirá para uma safra de jovens técnicos caso conquiste o Brasileirão. Dorival, 46 anos, acredita que o título gremista abrirá novas oportunidades para os menos “badalados”. Seria o desfecho que teve início com o bicampeonato nacional de Muricy Ramalho, 52 anos.

— O Celso merece o título e maior consideração pelo trabalho que vêm realizando. Gostaria que ele fosse o campeão. Muricy já obteve esta consagração — diz Dorival.

Assim como o técnico do Coritiba, que aponta Roth como fator determinante da campanha gremista no Brasileirão, o capitão Tcheco também o aponta como o diferencial da equipe no ano. Caso o Grêmio fique com o título, o meia aposta que o time será referência para os clubes em 2009.

— Se conquistarmos o campeonato, seremos o modelo a ser copiado. Temos um futebol pragmático, como a Itália que venceu a Copa de 2006 — compara Tcheco.

Jogadores foram observados por diretor-técnico do clube italiano, Renzo Castagnini, no jogo contra o Sport, no Olímpico

A passagem do diretor-técnico do Juventus, Renzo Castagnini, pelo Brasil deve render negociações assim que terminar o Campeonato Brasileiro. E dois jogadores do Grêmio, observados pessoalmente pelo gringo no jogo contra o Sport, podem estar na mira do clube italiano. A imprensa européia noticia o interesse da "Vecchia Signora" em Douglas Costa. E também diz que o clube de Turim disputa o lateral-direito Felipe Mattioni com o Ajax, da Holanda.

Sites tratam Douglas como um jogador "extraclasse" e falam em US$ 10 milhões (R$ 23 milhões) como preço a ser pago por ele. Na verdade, o Grêmio nem ouviria uma proposta com essas cifras. A multa rescisória do guri de 18 anos é de R$ 80 milhões.

Por Felipe Mattioni, especula-se o valor em 7 milhões de euros (R$ 20,1 milhões). O jogador é agenciado pelo italiano Mino Raiola, de forte trânsito na Europa.

Jogo é o primeiro de quatro que o time de Celso Roth precisa vencer



O primeiro passo do Grêmio na curta temporada de caça ao São Paulo será dado neste domingo, às 19h10m, no Olímpico. O jogo contra o Coritiba é o primeiro de quatro compromissos nos quais o time de Celso Roth é obrigado a vencer para sonhar com o título. Por isso, deverá contar com o maior público da temporada na Azenha.

Desde ontem, os 19 mil ingressos estão à venda para sócios, nas bilheterias do estádio e através da internet. Os torcedores comuns terão direito de comprar os bilhetes a partir de amanhã. Até as 19h, 3 mil entradas haviam sido comercializadas. São esperados pelo menos 45 mil torcedores, com renda superior a R$ 800 mil – a capacidade do estádio é de 46.165 lugares. O maior público no Olímpico em 2008 pertence a Grêmio 0 x 0 Flamengo, na segunda rodada (43.277 torcedores). Somente neste Brasileirão, mais de meio milhão de torcedores assistiram aos jogos no Olímpico. O Grêmio é o segundo clube em público e renda.


O fim de semana foi bem-sucedido para o Grêmio também fora de campo. O clube aumentou o vínculo com dois de seus mais importantes jogadores na temporada. Depois do zagueiro Réver, o goleiro Victor teve seu contrato ampliado por mais três anos. De 2010, passou para 2013. Pelos próximos cinco anos, 100% dos direitos federativos do jogador são do Grêmio.

Dos direitos econômicos, porém, o clube gaúcho detém 50%. A outra metade pertence ao Paulista, de Jundiaí. De acordo com o diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano, não há necessidade de comprar o restante.

No domingo, foi noticiada a ampliação do vínculo de Réver. A diferença é que, no caso do zagueiro, o clube exerceu o direito de compra dos 50% que eram do Paulista. Agora, o defensor tem contrato até 2013 e é do Grêmio em definitivo.


Valeu a garra gaúcha. Num jogo fraco tecnicamente, mas extremamente tenso, o Grêmio venceu o Palmeiras por 1 a 0, com gol esquisitão de Tcheco, neste domingo, no Palestra Itália, e segue na cola do São Paulo na luta pelo título do Brasileirão 2008. O tricolor gaúcho vai a 62 pontos, três a menos que o xará paulista, que lidera com 65. Já o Verdão, com 61, perde uma posição para o Cruzeiro e está em quarto lugar.

Gol do Grêmio leva Verdão ao desespero

O segundo tempo era monótono. O Grêmio seguia marcando muito forte e o Palmeiras apresentava sérios problemas na armação de jogadas. A diferença para o primeiro tempo é que o Tricolor não conseguia armar contra-ataques. Ainda assim, o jogo era nervoso. Principalmente pelo lado do Verdão, que acabou pagando um preço alto por isso.

Aos 27, Tcheco cobrou falta da esquerda. A bola subiu muito, cruzou toda a área e acabou entrando no gol, sem que ninguém encostasse nela. Gol do Grêmio, para desespero dos palmeirenses. Nesse momento, Vanderlei Luxemburgo, que já havia substituído Jumar e Denílson por Maicossuel e Jorge Preá, respectivamente, escancarou de vez o time ao sacar o volante Pierre para colocar o atacante Lenny.

O desespero alviverde era tamanho que Marcos passou a ir para a área gremista a cada lance de chuveirinho, irritando Luxa profundamente, que, desesperado, gritava ordenando que o camisa 12 voltasse para o gol.

Cheio de atacantes, mas todo aberto atrás, o Palmeiras dava vários espaços para o Grêmio, que tinha Souza aberto pela direita e Helder pela esquerda. O jogo estava a caráter para o os gaúchos até ampliarem o placar, O Verdão, por sua vez, tropeçou em seu próprio desespero. Errou passes demais e não conseguiu sequer chutar a gol.

Aos 45, Leandro tentava sair com velocidade e foi atropelado pelo zagueiro gremista Jean, que acabou expulso. O árbitro Heber Roberto Lopes deu mais cinco minutos de acréscimo e o jogo ficou ainda mais dramático. Marcos, elouquecido, desistiu do gol e foi atuar como centroavante. Com um a mais, o Palmeiras foi todo para a frente, mas insistia nos erros de passe e de finalização. Aos 48, Preá teve a chance para empatar, mas chutou para fora. Um suspiro de frustração no Palestra. Sorte do Grêmio, que continua vivo na competição.


O Grêmio tem muitos desfalques para a partida deste domingo contra o Palmeiras, às 17h, pela 34ª rodada do Brasileirão. Na zaga, Celso Roth não poderá contar com Léo, Pereira, Rever e Willian Thiego. Nas laterais, as ausências são Felipe Mattioni e Paulo Sérgio, além do meio-campista Makelele.

Por outro lado, o técnico gremista terá os retornos de Rafael Carioca e Willian Magrão. Antes do embarque para São Paulo, os jogadores analisaram a importância da partida no Palestra Itália. Rafael Carioca fez elogios ao Palmeiras, mas acha que o Grêmio está pronto para encarar o desafio.

- Um jogo decisivo, que todos estavam esperando há muito tempo. Vai definir o que a gente quer mesmo no campeonato. Temos que ter muita calma. O Palmeiras é uma equipe de muita qualidade, mas a gente está pronto para enfrentar esse duelo – afirma, em entrevista ao site oficial do clube.

Na opinião do jogador, não é por acaso que o confronto tem clima de decisão.

Pelas condições em que o campeonato se encontra, talvez essa seja a partida mais importante do ano. Só a vitória nos interessa. Estamos brigando pelo título, e o grupo está confiante. Nós já ficamos muitas rodadas na liderança e somos um forte candidato - diz.

O Palmeiras também tem desfalques. Vanderlei Luxemburgo não terá Roque Júnior, Kléber e Diego Souza. Willian Magrão vê os dois times em igualdade de condições.

- É difícil apontar quem perde mais com os desfalques. Acredito que as duas equipes perdem, pois são jogadores fundamentais. Mas o Grêmio tem substitutos à altura e vamos confiantes para esse confronto – garante.


Para ser campeão brasileiro com o Grêmio, Celso Roth terá que passar por um teste de fogo contra um de seus vários ex-clubes. No domingo, o adversário é o Palmeiras, clube que ele dirigiu em 2001. Nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, o treinador lembrou com ironia sua passagem pelo Alviverde. Ele mencionou que não teve o mesmo suporte financeiro de outros profissionais, auxiliados pela parceria do clube com a Parmalat.

- Trabalhei lá depois da Parmalat. Fui o primeiro treinador depois da Parmalat. Imagina que maravilha... Só pego essas, só pego esses filés - brinca Roth.

O treinador costuma comentar que nunca teve a oportunidade de trabalhar em um clube que lhe permitisse escolher os jogadores que quisesse. É até um orgulho para ele ter alcançado bons resultados com grupos modestos. No Palmeiras, Celso Roth disputou 19 partidas pelo Campeonato Brasileiro de 2001. Foram dez vitórias, sete derrotas e dois empates - aproveitamento de 56,1%. Ele foi demitido na 19ª rodada. A equipe terminou a competição com um rendimento inferior ao que tinha com Roth no comando - 47%, em 12º


Depois das fortes críticas de Celso Roth aos protestos de torcedores, o diretor de futebol do Grêmio, André Krieger, tratou de minimizar o assunto. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, na noite desta terça, o dirigente gremista negou que os manifestantes tivessem tentado invadir o campo. Segundo ele, houve um "diálogo pacífico" entre jogadores e torcedores.

– Não houve invasão. Houve a aglomeração de torcedores querendo conversar com os jogadores de forma pacífica e normal, e eles foram atendidos. Houve uma troca de idéias, um diálogo pior parte de alguns torcedores. Eles hipotecaram mais uma vez solidariedade a este momento de dificuldades que o Grêmio vem passando e confirmaram presença em São Paulo (contra o Palmeiras) e Porto Alegre contra o Coritiba – explica Krieger.

O diretor de futebol do Grêmio também minimizou as críticas de Celso Roth. Na entrevista coletiva realizada após o treinamento, o treinador disse que a manifestação foi "totalmente descabida". Krieger respeita a posição de Roth, mas não concorda.

– Conversamos de forma franca, inclusive com os jogadores ainda no gramado. O Celso disse não ver motivo (para o protesto) e eu respondi que não vejo impedimento algum para que isso ocorra. Eu respeito a posição dele. Nós trabalhamos assim no departamento de futebol, com maioria, às vezes com a discordância, mas sempre harmonicamente – explica.

Victor: sem alarde

O goleiro Victor também não se sentiu incomodado com as manifestações. Para ele, o objetivo dos torcedores era manifestar apoio ao Grêmio.

– Não temos de ficar levando muito isso adiante porque foi mais uma manifestação de apoio do que qualquer tipo de manifestação agressiva, que pudesse causar problemas. Não é nada para fazer um alarde muito grande – opina.

Gremistas ficaram insatisfeitos com empate por 1 a 1 com o Figueirense e chamaram treinador de burro


A torcida do Grêmio voltou a perder a pouca paciência que tinha com o técnico Celso Roth. Neste domingo, após o empate por 1 a 1 com o Figueirense, boa parte dos torcedores vaiou o treinador e o chamou de burro. Mas a diretoria partiu em defesa do comandante tricolor, líder do Campeonato Brasileiro até minutos antes.

- O torcedor da Geral não gostou desses que chamaram o Roth de burro e logo tentaram abafar. Não dá para debitar isso ao treinador. Tem que debitar à diretoria. Temos que olhar para dentro de casa e manter a expectativa e a esperança com luta - afirma o presidente do Grêmio, Paulo Odone.

A torcida está encucada com algumas escolhas técnicas de Roth e com a ausência de um esquema tático definido. O esquema de três zagueiros, antes tão sólido, agora não suporta uma adversidade. Contra o Cruzeiro e o Figueirense, foi a mesma coisa: assim que levou um gol, o time passou a jogar com dois defensores. E sem sucesso.

O Grêmio volta a campo domingo, no Palestra Itália, em jogo de vida ou morte contra o Palmeiras.


O Grêmio mais uma vez perdeu a liderança do Brasileirão 2008. Na noite deste domingo, pela 33ª rodada, o time gaúcho empatou com o Figueirense por 1 a 1, dentro do estádio Olímpico, e foi superado pelo São Paulo, que derrotou o arqui-rival gremista Internacional por 3 a 0 no Morumbi. Agora, o São Paulo tem 62 pontos, deixando o ex-líder em terceiro, com 60, atrás ainda do Palmeiras, segundo lugar, com 61. O Cruzeiro, que perdeu por 3 a 0 para o Goiás fora de casa, é o quarto, com 58, seguido do Flamengo, com 57.

Em uma rodada em que vários times ameaçados de rebaixamento vencera, o empate deixou o time catarinense em 17º lugar, na zona de perigo, com 35 pontos, sendo superado pelo Atlético-PR pelos critérios de desempates.

O próximo compromisso do Grêmio é fundamental para seus interesses na conquista do título: o Palmeiras, fora de casa, no domingo, dia 9. para piorar, Réver, Felipe Mattioni e Thiego receberam o terceiro amarelo e não jogam. Além deles, Léo e Pereira estão machucados, e Makelele e Paulo Sérgio, emprestados pelo Verdão, não poderão atuar.

O Figueirense tem uma semana quente: joga nesta quarta, em Florianópolis, diante do Fluminense, a partir dos 15 minutos, na continuação do jogo do apagão, que está parcialmente 1 a 0 para os cariocas. Depois, no sábado, o adversário é o Atlético-PR, de novo em casa.

Falha e polêmica
O técnico do Grêmio, Celso Roth, escalou Makelele no lugar do jovem Douglas Costa, até para preservar o guri que caiu de rendimento na derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro.

Mas quem acabou falhando foi outro garoto. Aos sete minutos, após escanteio, o lateral Felipe Mattioni, que foi sondado pelo Juventus, segundo a imprensa italiana, perdeu a bola dentro da área para Ramón, que ajeitou para Marquinho bater cruzado e abrir o placar, sob o silêncio do Olímpico.

A maré de azar teve seqüência logo depois: o zagueiro Léo sentiu o tornozelo direito e teve que deixar o campo, sendo substituído por Paulo Sérgio, praticamente mudando o esquema tricolor. O fato é que, aos poucos, o time gaúcho foi se encontrando no jogo. Aos 24, Souza arriscou de fora da área, mas Wilson defendeu. O camisa 1 do Figueira teve boa atuação e voltou a salvar o time em uma cobrança perigosa de Paulo Sérgio.

Mas o lateral-direito tricolor, que acabou entrando no jogo meio que por acaso, foi fundamental para o gol do empate. Aos 43, ele já tinha feito um bom cruzamento para Mekelele, salvo por Wilson. Aos 45, o árbitro Jailson Macedo Freitas apitou uma infração do arqueiro alvinegro, alegando que ele demorou seis segundos para recolocar a bola em jogo.

Após a falta cobrada por dois toques dentro da área, Paulo Sérgio pegou a sobra e chutou cruzado. No meio do caminho, Reinaldo dominou e chutou forte para empatar o jogo. Os jogadores do Figueira reclamaram muito da marcação do juiz.

Erros demais
O jogo continuou equilibrado após o intervalo. Apesar do domínio territorial gremista, o time visitante também chegava com perigo. Aos quatro, Tadeu cabeceou para fora após escorar cobrança de falta. Souza teve ótima chance aos dez, driblando dois jogadores, mas acabou perdendo a bola na área. Mas quem perdeu o gol mais feito do jogo foi Tadeu, que se aproveitou de falha de Amaral e, sozinho, errou ao tentar encobrir o goleiro Victor.

O técnico Roth resolveu botar o guri Douglas Costa em campo junto com Marcel, substituindo Makelele e Reinaldo, respectivamente. O guri mal entrou e já sofreu uma falta perto da área, em lance que quase terminou em confusão entre os jogadores. Na cobrança, Marcel bateu forte demais, por cima.

O Tricolor pecou muito pelos seus erros. Aos 36, a defesa perdeu a bola, e Anderson Luiz passou para Cleiton Xavier bater fraco, e Victor defender. Depois, no ataque, Douglas Costa armou boa jogada para Perea errar a mira e isolar para fora. Para complicar, uma forte chuva começou a cair no estádio. No finzinho, Diogo perdeu um gol incrível, bem defendido por Victor.

Fonte: globoesport.com


É estranho que Grêmio e Figueirense, em lados absolutamente opostos na tabela, coloquem em campo algo em comum no jogo das 19h10m (de Brasília) deste domingo, no Olímpico: a necessidade de melhorar o rendimento, sob pena de o preço pago posteriormente ser salgado. O Tricolor precisa da vitória para superar o momento de instabilidade e manter a liderança da competição. Curiosamente, contra o avdersário que goleou por 7 a 1 fora de casa no turno e assumiu a liderança pela primeira vez. O Furacão de Floripa precisa escapar da vizinhança da zona de rebaixamento do Brasileirão.

Os gaúchos vêm de derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro. Com o resultado, sentiram a aproximação dos concorrentes. O Tricolor segue na ponta, com 59 pontos, mas agora com a companhia do São Paulo. Raposa e Palmeiras vêm na seqüência, com um a menos. O Flamengo tem 56. O Figueira, com 34, entra na rodada em 16º, mas com um jogo a menos, já que a partida contra o Fluminense, na quinta-feira passada, foi adiada em função da falta de energia elétrica na região do estádio Orlando Scarpelli.